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"Numa época de dissimulação, falar a verdade é um ato revolucionário." (George Orwell)

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Homenagem ao Che (Parte 2)

Cubanos lembram revolucionário

Fidel Castro homenageia Che Guevara

Havana (AE-AP) - O convales­cente presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, homena­geou ontem o líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara em um ar­tigo para marcar os 40 anos da morte do médico argentino convertido em revolucionário.

"Faço uma pausa na luta diá­ria para inclinar o semblante, com respeito e gratidão, ante o excepcional combatente morto há 40 anos", escreveu Fidel em seu mais recente artigo, publi­cado na edição de ontem'do jor­nal Granma. Fidel agradece "pe­lo que tentou fazer e não pôde em seu país de nascimento, pois foi como uma flor arrancada prematuramente do caule". Guevara nasceu em 14 de ju­nho de 1928 na cidade argentina de Rosario. Ele foi executado na Bolívia em 9 de outubro de 1967, depois de ser capturado por soldados bolivianos apoia­dos por agentes americanos. Os restos mortais de Che fo­ram exumados e levados a Cuba em 1997. Atualmente repousam em um monumento em Santa Clara, 270 quilômetros ao leste de Havana. No local, ontem o presidente provisório de Cuba, Raúl Castro, participou do ato central em homenagem a Che. Ernesto, o filho mais novo de Che Guevara, passou diante do túmulo de seu pai, no memorial da cidade de Santa Clara, montado numa Harley- Davidson, em uma singular homenagem que ele e seus colegas motociclistas cubanos prestaram ao guerri­lheiro nos 40 anos de sua morte. Ernesto guardou um minuto de silêncio à saída do monu­mento, para depois prestar um ensurdecedor tributo: acelerou à toda velocidade sua moto vi­nho modelo 45, de 1937. "Estou aqui como um 'harlista' a mais", declarou Ernesto, que vestia uma camiseta e jeans azuis e era apenas um bebê quando o pai partiu para a Bolívia, em no­vembro de 1965.

(Artigo publicado no jornal O Estado do Paraná, do dia 09 de outubro de 2007, pág. 11, em homenagem ao guerrilheiro Ernesto Che Guevara)

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