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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Anti-sindicalismo


Anti-sindicalismo na EMDUR precisa ter fim

A recente experiência pessoal vivida pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas Municipais de Toledo (SINTRAEP) reforça a tese de que a EMDUR precisa URGENTEMENTE liberar ao menos um trabalhador para dedicação EXCLUSIVA às atividades sindicais.
O sindicato que representa os funcionários da EMDUR foi fundado em 17 de agosto de 1993,sendo que NUNCA teve um trabalhador liberado para exercer as atividades sindicais.
Perguntamos:
Como um trabalhador que cumpre jornada média de 8 horas diárias irá encontrar tempo para realizar as funções necessárias ao bom desempenho de um mandato sindical?
Apenas um comparativo: um diretor da empresa recebe cerca de R$ 6.700,00 para cumprir suas funções,fora as vantagens inerentes ao cargo.
Uma de suas principais vantagens é não estar engessado a cartões-ponto,fazendo seu próprio horário de trabalho.
Já a função de presidente de sindicato,exemplo,é voluntária,sem salário.Além de exercer as obrigações de presidente da entidade sindical,ele ainda tem que cumprir jornada de trabalho de 11X37.
Traçamos o comparativo apenas para mostrar que é humanamente inviável o bom desempenho das funções sindicais na EMDUR enquanto existir o atual engessamento.
É perfeitamente possível,viável e desejável que a empresa libere ao menos um trabalhador para o desempenho das atividades sindicais.
Caso contrário continuará incorrendo em prática anti-sindical.
As relações de trabalho na EMDUR são regidas através de acordos coletivos celebrados entre sindicato/empresa.
Ora,basta incluir no acordo a liberação de um funcionário para dedicação em tempo integral às atividades sindicais.
Legalmente é perfeitamente fácil de se resolver a questão.
Conforme o comparativo que traçamos anteriormente os diretores da empresa tem tempo mais que suficiente para o bom desempenho de suas funções,assim como tempo de sobra para o lazer,a família...etc
E no caso dos trabalhadores eleitos para mandato sindical,como ter tempo para o lazer,a família e exercer as funções sindicais ao mesmo tempo?
Se o dirigente sindical realiza em média 8 horas diárias,como ter tempo para uma vida sindical e social ao mesmo tempo?
O engessamento a que estão submetidos os eleitos para mandato sindical na EMDUR se configura como grave prática anti-sindical.
 Questionamos:
Como que para o SINDSERTOO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Toledo) a administração municipal libera três servidores para dedicação exclusiva?
Se lá pode,na EMDUR também pode.
Questão de igualdade de tratamento.
Aí podem alegar que a EMDUR é regida pela CLT.
Aplique-se a liberação através de acordo coletivo.
Citamos o caso do sindicato dos metalúrgicos de Toledo,lá tem pessoal liberado para dedicação às atividades sindicais.
Vários outros sindicatos também contam com liberação de pessoal.
Parece-nos que somente a EMDUR insiste em manter tal postura arcaica.
Se assim não for,corrijam-nos.
Os trabalhadores da empresa necessitam de um sindicato sem engessamentos anti-sindicais impostos por conceitos ultrapassados de gestão pública,precisamos evoluir e a evolução desejada passa pela liberação de ao menos um trabalhador para dedicação exclusiva ao sindicato representativo da categoria.
A culpa pode nem ser da atual diretoria da empresa,mas está nas mãos dela o prosseguimento na prática criminosa de ato anti-sindical,com suas consequências,ou na solução negociada rumo a modernização nas relações sindicato/empresa.
É uma escolha que cabe EXCLUSIVAMENTE aos atuais diretores da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo (EMDUR).