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"Numa época de dissimulação, falar a verdade é um ato revolucionário." (George Orwell)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sintraep 100% favorável a redução da jornada

EMDUR precisa evoluir para 40 horas semanais
100% dos associados ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas Municipais de Toledo (SINTRAEP) são favoráveis a PEC que reduz a jornada de trabalho no país,consideramos um avanço na qualidade de vida e também um meio de tornar a mão de obra menos escrava. Os empresários,como não poderia deixar de ser,são contra por estarem viciados na exploração da mão de obra semi-escrava que impera no Brasil. Não existem mais os grilhões dos ferros,mas existem os grilhões dos cartões-ponto (especialmente os digitais). Não existe mais o chicote no lombo,mas existe o salário humilhante,que dói tanto quanto chicotadas. Quando o trabalhador vai ao mercado ele sente o peso do chicote no bolso,com certeza a dor de ter trabalhado o mês inteiro por valor tão ínfimo dói tanto quanto chicotadas. Vemos a redução da jornada de trabalho como uma etapa a mais na libertação (ainda que tardia) da mão de obra escrava. O aumento do valor pago nas horas extras,passando dos atuais 50 para 75%,é bem-vindo.Assim em caso de necessidade de trabalhar a mais ao menos receberemos 75% de acréscimo por isso. É o justo. No caso local sempre reivindicamos que a jornada seja de 40 horas semanais,ainda mais por sabermos que o setor administrativo da EMDUR já cumpre isso,sendo que o operacional faz 44 horas. Na visão do sindicato é uma injustiça tal diferenciação. Somos 100% favoráveis a que o setor operacional da EMDUR faça 40 horas semanais,e que em caso de horas extras elas sejam remuneradas com adicional de 75%. Durante as negociações para fechamento do ACORDO COLETIVO de trabalho 2010/2011 certamente incluíremos ambas as propostas (redução da jornada e aumento no valor das horas extras). E não adianta a empresa,via administração pública municipal,espernear.É uma tendência nacional,ou seja: uma hora ou outra irão ter que ceder,nem que seja por meio de legislação nacional ( aprovação da PEC 231/95 ). De toda forma será uma vitória histórica da classe trabalhadora.
Luiz Carlos Presidente do SINTRAEP e-mail: sintraep@ibest.com.br * * *

Greve em favor da jornada de 40 horas

Sindicalistas prometem greve se jornada não for reduzida
Sindicalistas prometem uma série de greves e paralisações a partir de 15 de janeiro se a Câmara não votar o projeto que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O projeto está pronto para votação em plenário e ainda não foi apreciado por falta de acordo com deputados representantes do empresariado, que são contrários à redução. – Queremos aproveitar o ano eleitoral”, disse o deputado Vicentinho (PT-SP). – É uma luta. Eles [empresários] vão resistir – completou. Trabalhadores e empresários se reuniram com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para tentar um acordo. De consenso, apenas a garantia de que não há tempo para a votação este ano – os projetos do pré-sal e o Orçamento devem ocupar a agenda de votações até o recesso no fim do ano. Em busca de um acordo, Temer criou uma comissão para discutir o assunto. Uma das propostas que poderá ser debatida é a que reduz a jornada aos poucos, até chegar ás 40 horas semanais. – Quem senta à mesa, se dispõe a dialogar, admite que se pode construir um marco de entendimento. Ainda há distância entre as posições, mas dá para dialogar – disse o deputado Armando Monteiro (PTB-PE), presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Fonte: Correio do Brasil *

Empresários,pra variar,contra redução da jornada

Apesar de ser contra redução da jornada, maioria dos empresários não deve demitir

Fabrício Zago e André Luiz Gomes

A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, prevista na Proposta de Emenda Constitucional 231/95, em discussão no Congresso, não deve alterar a situação do emprego nas micro e pequenas empresas. É o que mostra a sondagem Ponto de Vista dos Pequenos Negócios, divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Sebrae Nacional. Segundo o estudo, a maioria dos empresários entrevistados (51%) pretende manter o quadro atual de trabalhadores caso a PEC seja aprovada. Além da redução das horas trabalhadas, a PEC prevê a ampliação do adicional de hora extra de 50% para 75%. Foram entrevistados, entre setembro e outubro, em todos os estados e no Distrito Federal, 3010 empresários atendidos pela Instituição.

Apesar da expectativa de manutenção dos empregos, quase dois terços dos empreendedores – 63% – são desfavoráveis à redução da jornada, 47% desaprovam a manutenção dos salários e 61% são contrários ao aumento adicional da hora extra. Entre os entrevistados, 32% avaliam a proposta como péssima e 20% como ruim. A sondagem diagnosticou ainda que 44% dos empresários temem perda de faturamento nos negócios.

“Os números fazem um alerta, porque podem indicar uma tendência de aumento da informalidade. Se há expectativa de manutenção do emprego e redução de faturamento, é possível que o empresário compense eventuais perdas partindo para o mercado informal. Isso é preocupante, porque estamos falando de um segmento que, só em outubro deste ano, foi responsável por 75% dos novos empregos formais criados em todo o Brasil”, ressalta Paulo Okamotto, presidente do Sebrae.

O levantamento do Sebrae também constatou que 43% dos empresários pretendem manter a situação atual do pagamento de horas extras, 27% vão diminuir e 5%, aumentar a despesa, caso a PEC seja aprovada. Não sabem ou não opinaram 25% dos entrevistados.

“Esse é o primeiro estudo feito com micro e pequenas empresas sobre a proposta de redução da carga horária de trabalho. Além dos números já apresentados, a sondagem revelou que 42% dos empresários não conheciam o assunto até a entrevista”, informa Raissa Rossiter, gerente de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional. Propensão maior a contratar do que a demitir O boletim Ponto de Vista dos Pequenos Negócios apurou ainda a expectativa dos empresários para o fim de 2009: 37% pretendem contratar funcionários no último trimestre do ano e apenas 9% pensam em demitir. Quase metade das empresas pesquisadas (47,5%) tem até quatro funcionários. Quando são contabilizadas as carteiras assinadas, o número aumenta para 52,6%. No entanto, 12% dos empresários afirmaram ter funcionários sem carteira assinada. Ponto de Vista A maioria dos empresários entrevistados, 82%, é dos setores de comércio e de serviços, seguidos pela indústria (13%) e agronegócios (5%). Trinta e um por cento atuam no mercado há, no máximo, quatro anos. Distribuição por Faturamento: microempresas – até R$ 240 mil/ano (56%); pequenas empresas – acima de R$ 240 mil até R$ 2,4 milhões/ano (20%); acima de R$ 2,4 milhões/ano (3%); não informou (21%). Fonte: Agência Sebrae *