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"Numa época de dissimulação, falar a verdade é um ato revolucionário." (George Orwell)

sábado, 9 de outubro de 2010

Até a vitória sempre



Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che por causa do vocativo gaúcho (argentino) che, (Rosário, 14 de junho de 1928 — La Higuera, 9 de outubro de 1967) foi um dos mais famosos revolucionários comunistas da história. 
Foi considerado pela revista norte-americana Time Magazine uma das cem personalidades mais importantes do século XX.
Che esteve oficialmente no Brasil em agosto de 1961, quando foi condecorado pelo então presidente, Jânio Quadros, com a Grã Cruz da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
A outorga dessa condecoração foi o desfecho de uma articulação diplomática, iniciada pelo Núncio apostólico no Brasil, monsenhor Armando Lombardi, seguindo às instruções da Santa Sé, solicitando a ajuda do governo do Brasil para fazer cessar a perseguição movida contra a Igreja Católica em Cuba. Jânio Quadros solicitou a mediação de Che junto a Fidel. 
Guevara atendeu ao pedido de Jânio e concordou em ser o intermediário do apelo do Vaticano junto ao governo cubano. 
Meses antes alertara Fidel da existência da "operação Magusto", a invasão da Baía dos Porcos tentada por 1.297 anticastristas exilados, oriundos da ditadura de Fulgêncio Batista. 
A "operação Magusto" foi uma operação militar planejada pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), autorizada pelo presidente John Kennedy, que ocorreu em 17 de abril de 1961 e foi derrotada três dias depois.
Em 1° de maio (ou 16 de abril, segundo outras fontes) Fidel Castro declarou que Cuba se tornaria um país socialista, e buscou apoio militar de Moscou para se defender das tentativas de invasões americanas e de ameaças representadas por planos dos militares norte-americanos, do tipo da "Operação Mongoose", autorizada em 4 de novembro de 1961 por Kennedy ou da "Operação Northwoods" de 1962.
Em 1° de dezembro de 1961 Fidel Castro declarou que a revolução cubana se tornara marxista-leninista.
Em 8 de agosto de 1961 Che discursou numa reunião da OEA em Punta del Este. 
Em 1964 Ernesto Che Guevara representou oficialmente Cuba nas Nações Unidas, tendo pronunciado um discurso em francês por ocasião da sua 19ª Assembléia Geral, em 11 de dezembro de 1964. Participou do Seminário Econômico de Solidariedade Afro-asiática entre 22 e 27 de fevereiro de 1965 em Alger, quando criticou publicamente, pela primeira vez, a política externa da União Soviética. Nesse mesmo ano, Guevara, deixa Cuba para propagar os ideais da revolução cubana pelo mundo com ajuda de voluntários de vários países latino americanos, contra os conselhos dos soviéticos mas com o apoio de Fidel Castro. 
Em 4 de outubro de 1965 Fidel Castro anunciou que Ernesto Che Guevara deixara a ilha para lutar contra o imperialismo.

Retorno à guerrilha e morte

Ele parte primeiramente para o Congo, na África, com um grupo de 100 cubanos "internacionalistas", tendo chegado em abril de 1965. 
Comandante supremo da operação, atuou com o codinome Tatu (do suaíle), e encontrou-se com Kabila. Por seu total desconhecimento da região, dos seus costumes, das suas crenças religiosas, das relações inter-tribais e da psicologia de seus habitantes, o "delírio africano" de Che resultou numa total decepção. 
Em seguida parte para a Bolívia onde tenta estabelecer uma base guerrilheira para lutar pela unificação dos países da América Latina e de onde pretendia invadir a Argentina. 
Enfrenta dificuldades com o terreno desconhecido, não recebe o apoio do partido comunista boliviano e não consegue conquistar a confiança dos poucos camponeses que moravam na região que escolheu para suas operações, quase desabitada.
Nem Che nem nenhum de seus companheiros falavam a língua indígena local.
É cercado e capturado em 8 de outubro de 1967 e executado no dia seguinte pelo soldado boliviano Mário Terán, a mando do Coronel Zenteno Anaya, na aldeia de La Higuera. 
Os boatos que cercaram a execução de Che Guevara levantaram dúvidas sobre a identidade real do guerrilheiro,que se utilizou de uma miríade de documentos falsos, de vários países, para entrar e viver na Bolívia. 
A confusão estabelecida em torno do caso culminou no desaparecimento do seu corpo, que só foi encontrado trinta anos depois.
Em 1997 seus restos mortais foram encontrados por pesquisadores numa vala comum, junto a outras ossadas, na cidade de Vallegrande, a cerca de 50 km de onde ocorreu a sua execução.
Sua ossada estava sem as mãos, que foram amputadas (para servir como troféu) logo após a sua morte.
Seus restos mortais foram transferidos para Cuba, onde em 17 de outubro deste mesmo ano são enterrados com honras de Chefe de Estado, na presença de membros da sua família e do líder cubano e antigo companheiro de revolução Fidel Castro.

 "Não é possível destruir uma opinião com a força, porque isso bloqueia todo o desenvolvimento livre da inteligência."

 (Che Guevara, "Il piano i gli uomini", Il Manifesto n° 7, deciembre del 1969, p. 37.)

Fonte: Wikipédia