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"Numa época de dissimulação, falar a verdade é um ato revolucionário." (George Orwell)

domingo, 8 de agosto de 2010

Falta de transparência na gestão pública e nos impostos

A política de impostos embutidos (“invisíveis”), impede que o cidadão comum conheça o verdadeiro contribuinte do sistema tributário brasileiro. 
Esse desconhecimento mantém a sociedade muito passiva mesmo diante das inúmeras injustiças vivenciadas ano após ano.
O dia que o cidadão comum descobrir como funciona, de fato, o recolhimento de impostos no Brasil, vai perceber então que o próprio sistema é o causador da maioria dos problemas brasileiros.
Observe que nos países do Primeiro Mundo a diferença salarial, entre simples operários e diretores de empresas, raramente ultrapassa o patamar de 7 vezes, isto é, os diretores não ganham 20 vezes mais que os operários.
Mas, aqui, no Brasil, mesmo no setor público essa diferença chega a 50 e 100 vezes.
Tamanha injustiça é tolerada pacificamente porque a maioria dos cidadãos não sabe de onde sai o dinheiro que sustenta a nação. 
O dia que o cidadão comum descobrir que é, ele, o verdadeiro contribuinte de todos os impostos, certamente vai arregaçar as mangas e ajudar a corrigir os inúmeros absurdos da nossa sociedade. 
A maioria dos cidadãos ainda não percebeu que as empresas (indústrias, atacadistas, comércios etc.) não contribuem com um único centavo de imposto. 
Na realidade, elas “pagam” ao governo os valores previamente acrescentados aos preços de seus produtos conforme o Governo sabe e aprova. 
Portanto, quem acaba contribuindo, de fato, é o consumidor final (o cidadão comum) que não tem para quem repassar os impostos embutidos no preço que pagou.
Se o governo der um pouco mais de transparência à questão dos tributos (desembutindo os impostos invisíveis, para que o cidadão comum possa vê-los), o povo perceberá a realidade em que vive e dará início às correções sócio-econômicas de que o Brasil tanto precisa. 

 O povo precisa descobrir a parte oculta do iceberg

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