O Dia de Nossa Senhora Aparecida foi marcado pela reconstrução em Toledo. A chuva acompanhada de ventos fortes ocorrida por volta da 1h30 da madrugada do dia 12 danificou centenas de casas, prédios, empresas, postes de energia estavam caídos, fios espalhados pelas ruas e muita gente trabalhando na reconstrução. Logo na chegada da cidade a imagem da destruição aparece. A estrutura metálica de um posto de combustível na esquina da Rua Parigot de Souza com J. J. Muraro, que seria inaugurado no início de novembro, foi arrancada do lugar e ficou totalmente retorcida. A obra, segundo o responsável, Dirceu Richetti havia iniciado há 60 dias e agora deve demorar mais 30 para ser refeita. O prejuízo ainda não foi avaliado. “A hora que cheguei deu vontade de chorar, foi muito triste ver a obra nesta situação”.
O funcionário da obra, Dirceu do Nascimento, dormia no local no momento em que a estrutura veio abaixo. “Achei que ia morrer, nunca tinha passado por isso. Ainda estou traumatizado. Na hora só pensei em Deus e Nossa Senhora Aparecida. Tinha muito raio, faísca, vento e escuridão”.
O proprietário de uma churrascaria que deveria ser inaugurada no fim de outubro também terá que adiar a abertura para o próximo mês, já que cerca de três mil telhas foram arrancadas pelo vento. Na tarde de ontem, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar isolaram a área para garantir a segurança das pessoas e dar suporte para uma empresa realizar os trabalhos de escora de uma torre de telefonia celular que envergou. Das três sapatas que sustentam a estrutura da torre de 12 mil quilos apenas uma não havia sido danificada – uma apresentava fissura e a outra havia saído do chão.
Os bairros mais atingidos, segundo o assessor de governo da Prefeitura de Toledo, Neudi Mosconi, foram os jardins Europa e América. “O tornado atingiu um raio de cerca de cinco quilômetros de comprimento por 200 de largura na região urbana da cidade. No interior também houve estragos, mas ainda não o tamanho dele, principalmente nas comunidades São Miguel, Lajeado e São Luiz”.
Madrugada de trabalho
Equipes do Corpo de Bombeiros e da prefeitura trabalham desde a madrugada para atender as famílias que foram atingidas. De acordo com Mosconi, ainda não há um número de pessoas atingidas porque a preocupação é em assistir as famílias.
Nos prédios pertencentes à prefeitura a Secretaria de Segurança e Trânsito ficou sem o telhado e uma árvore caiu sobre um carro, um restaurante popular e uma creche tiveram destelhamento parcial. No pátio da prefeitura e do fórum galhos de árvores caíram sobre os carros causando danos parciais. O Executivo encaminhou ao Legislativo um projeto de lei autorizando a compra de material e a doação do mesmo para a reconstrução de algumas casas. O prefeito José Carlos Schiavinato, disse “vamos ajudar a resolver os problemas e as famílias a cobrir suas casas”.
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros, Rogério Lima de Araújo, estima-se que 750 imóveis foram atingidos e aproximadamente 400 lonas foram entregues para famílias, além da realização de corte emergencial de 40 árvores. “Também foram registrados 25 destelhamentos em Guairá e em Palotina um destelhamento e um corte de árvore”.
Aproximadamente 25 homens do Corpo de Bombeiros em conjunto com a prefeitura trabalharam tanto na orientação de famílias para a forma correta de consertar os estragos principalmente nos telhados quanto na coleta de donativos. “A Defesa Civil do Estado enviará três mil telhas e 150 cestas básicas”, disse o capitão.
Fonte: Gazeta do Paraná
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